À medida que as organizações discutem a adoção de novas tecnologias para armazenamento e backup de mídia, muitas vezes a primeira pergunta que vem à cabeça é: qual caminho seguir?
Decidir se é hora de investir em uma determinada tecnologia ou mover o conteúdo do armazenamento local para a nuvem começa com uma revisão detalhada de custos e benefícios. Para muitas empresas, ainda é uma questão de se, como e quando. Tradicionalmente, os arquivos de mídia estão armazenados em fitas, muitas vezes em prateleiras, outras vezes automatizadas, com densidade e custos bastante razoáveis, mas com alguns fatores limitantes como acessibilidade, obsolescência e compatibilidade.
Nos últimos anos, o armazenamento em discos baseado em objetos (Object Storage) tornou-se uma opção atraente. Um benefício principal do armazenamento de objetos é a eficiência com que ele gerencia dados não estruturados, o que é crítico para arquivos de imagens, áudio e vídeo.
Com o surgimento da IA, as organizações estão criando quantidades sem precedentes de metadados, os quais precisam ser armazenados e gerenciados sem comprometer o desempenho. Sistemas de armazenamento de objetos mais recentes lidam com metadados, distribuindo-os em um cluster, garantindo assim maior eficiência. As soluções podem usar discos com custo acessível, oferecendo desempenho e escalabilidade conforme necessário.
O fato é que, tanto sistemas baseados em fita, como o LT0, quanto em discos, podem ser atraentes para muitas organizações que procuram construir um acervo local de maneira escalável, sem precisar lidar com questões inerentes a nuvem como conectividade, segurança e previsibilidade de custos.
Porém, os benefícios do armazenamento baseado em nuvem têm emergido, e junto com ele o desejo de uso dessa tecnologia. Para começar, o armazenamento em nuvem oferece níveis de durabilidade de dados muito além de qualquer armazenamento local, muitas vezes mantendo várias cópias de dados em várias zonas geográficas. A economia e a praticidade também começam a fazer sentido em alguns casos, com diferentes faixas de preços e capacidades suportando uma variedade de
necessidades. Na maioria dos casos, os provedores de nuvem pública oferecem uma gama de opções quando se trata de armazenamento. Geralmente essas opções variam em custo, durabilidade, disponibilidade, acessibilidade e outras métricas.
Abaixo está uma comparação rápida de ofertas baseadas em AWS, GCP e Azure:
Como sabemos, a atração óbvia para o armazenamento de objetos em nuvem é a capacidade de escolher uma opção baseada nas necessidades de acesso e duração do arquivo – e as opções são várias. Entretanto, um ponto de atenção importante, é que os usuários geralmente são cobrados pelo acesso
a esses níveis de armazenamento, seja em taxas de saída (egress fees) para retirar o conteúdo da nuvem ou em taxas de acesso para recuperar arquivos armazenados em níveis mais profundos.
Como referência, num sistema de armazenamento local, dificilmente mensuramos exatamente o volume de dados que entram (ingress) ou saem (egress) do acervo de mídia, o que pode tornar a migração para a nuvem uma decisão não muito previsível em termos de custos.
Mas então, qual caminho seguir?
No cenário atual, acredito que a resposta não esteja exclusivamente numa solução on-prem ou na nuvem, mas numa mistura dos dois – uma arquitetura hibrida.
Num ambiente de arquivamento de mídia, podemos separar o conteúdo em duas modalidades – crítico e não-crítico. Conteúdo crítico é aquele que necessita de acesso rápido, utilizado com uma certa frequência, com tempo de vida normalmente inferior a 6 meses. Já o conteúdo não-crítico é aquele usado muito raramente, com tempo de vida normalmente superior a seis meses ou em muitos casos usados apenas como backup.
A vantagem de uma arquitetura híbrida é poder aproveitar o melhor dos dois mundos, onde conteúdos críticos residam numa solução on-prem, combinando fatores como largura de banda, conectividade e segurança, sem incorrer em custos de acesso para uso deste material, e conteúdos não-críticos residam na nuvem, aproveitando os custos reduzidos de uma opção de “Deep Archive” com a elasticidade oferecida por essa tecnologia.
Importante lembrar também que um ambiente híbrido precisa de um gerenciamento de dados único entre os dois ambientes, fornecendo uma visão clara sobre os ativos que você tem e onde você os tem. Além disso, é fundamental que ele mantenha metadados em movimento com os dois ambientes e seja completamente agnóstico de fornecedores e serviços.
A CIS Group conta com a experiencia de muitos anos trabalhando com arquivamento de mídia junto a parceiros reconhecidos no mercado. Nossa capacidade de oferecer soluções híbridas permite a transição para nuvem usando abordagens balanceadas, otimizando o retorno sobre o investimento. Essas abordagens são constantemente avaliadas por equipes que buscam flexibilidade e capacidade, sem investimento significativo.
A chave para seu sucesso é encontrar as maneiras mais valiosas de aproveitar a nuvem, e adotá-las gradualmente conforme suas necessidades exigem.