Evento debate escalabilidade, agilidade, latência e novas formas de entrega de conteúdo e analisa cases das CDNs da Globo e Record
A sexta edição do SET eXPerience Tracks teve como tema “CDN – Capilaridade, conectividade e escalabilidade”, e contou com a presença de André Sapucaia, da RecordTV, Rodrigo Regis, NIC.br/CEPTRO.br, e Marcos Sant’Anna, de Globo. A moderação esteva a cargo do Coordenador do Grupo de Trabalho “Indústria 4.0 da SET”, Hugo Nascimento.
André Sapucaia, da Record TV, explicou que os principais desafios quando se passa de uma infraestrutura tradicional para uma com CDN é entender como trabalhar os “picos de acesso” e por isso é tão difícil definir a “escalabilidade. Segundo ele, a plataforma tradicional, se não for dimensionada na forma correta, pode ficar indisponível muito rapidamente. “Por esse motivo evoluímos para um CDN com mais recursos e ganhos, que passam por POPs (pontos de presença), melhor desempenho e melhor escalabilidade e disponibilidade, utilizando a internet para poder entregar esse conteúdo de uma maneira mais ágil e com uma latência menor, elevando a experiência de consumo do usuário”.
O executivo afirmou que a CDN da Record entrega conteúdo à emissora, ao R7.com e à PlayPlus permitindo melhorar o fluxo da distribuição de conteúdos em vídeo, e ainda a realização de Lives, já que em alguns momentos específicos são entregues conteúdo ao vivo. “No OTT do PlayPlus, o maior desafio é a entrega do programa “A Fazenda”, nosso momento com maior intensidade de acesso com um aumento de 60 a 70% a audiência na plataforma”.
Rodrigo Regis, NIC.br/CEPTRO.br, fez uma análise de como se encontra o ecossistema de internet no Brasil e afirmou que hoje só no País existem mais de 80 mil redes de internet. Ele disse que o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR-NIC, onde ele atua, presta especial atenção aos IXP (Internet Exchange Point), que são parte da infraestrutura e é o lugar onde muitos AS diferentes podem se conectar para fazer troca de tráfego (peering). “Assim, um IXP proporciona a conexão direta, normalmente camada 2, permitindo que muitos AS troquem tráfego diretamente”.
Finalmente, Marcos Sant’Anna, da Globo, explicou como o Grupo Globo desenvolveu a sua CDN e destacou a criação do GCA (Globo Cache Appliance), um desenvolvimento específico para ser usado nas aplicações da empresa no seu CDN que, segundo ele, tem se mostrado “bastante performático para a entrega de conteúdo”.
O executivo explicou que a CDN da Globo está preparada não apenas para entregar vídeos no Brasil, mas também para o exterior, “por isso, temos uma estratégia internacional. No Brasil temos um pouco mais de 50 POPs espalhados por todo o território, faltam poucos estados para fecharmos todos os territórios, em uma jornada que começou em 2019 com a entrega no Rio de Janeiro e São Paulo”.
Por Fernando Moura, em São Paulo.
Abaixo você pode ver e rever este evento na íntegra: