A 9ª edição do SET Track analisou o mercado de eSports no Brasil e como as empresas realizam as transmissões dos eventos do setor.
Participaram do debate Wesley Carlo, E-sports Broadcast Manager – Project Management da Ubisoft, e Fernando Svevo, gerente Senior de Broadcast e Eventos da Riot Games. A moderação ficou a cargo de Leo De Biase, Co-Fundador BBL.
Wesley Carlo falou do sucesso do Rainbow 6, conhecido como R6, um game de nicho para o qual a Ubisoft tem uma estrutura de produção de televisão montada. Dela destaque para o narrador e um comentarista que fazem analises de dados e números. “Nas transmissões entregamos dos sinais, em português e inglês, com produção em idioma inglês produzido nos Estados Unidos. Em media produzimos 60 horas semanais de transmissão, com reportagens, VoD. Ampla produção dos 60 profissionais envolvidos”.
Carlo afirmou que para 2021, esperam mais de 1 bilhão de impressões com um aumento de 500 mil novos usuários, com mas de 200 milhões de views, com “16 milhões de horas assistidas o ao vivo, o online, stream o VoD, com uma media altíssima”. Isso, porque desde a sua perspectiva o mercado gamer precisa estar atento às necessidades dos jogadores e dos espectadores com um “desafio enorme. É uma transmissão mais tecnológica onde se joga, se assiste e se entretém”.
Para o executivo da Ubisoft está claro que o eSports tem sua narrativa própria. “Nós temos o nosso formato e nosso conteúdo, mas as TVs têm de compreender essa linguagem, não é apenas por na grade”,
Fernando Svevo, falou do CBLoL (Campeonato Brasileiro de League of Legends), competição administrada pela desenvolvedora, Riot Games, que conta com transmissão na TV por assinatura e canais próprios no streaming, em YouTube, Twitch e Nimo TV. “O CBLoL é uma das ligas principais do mundo, das 10 principais ligas no mundo, no Brasil temos duas”.
Svevo disse que o eSport se consolidou como um nicho gigantesco. “Na nossa operação temos jogos de vários segmentos diferentes com formas diferentes de fazer transmissão, por isso temos de pensar como vamos entregar o conteúdo para gerar a melhor experiência. No eSports temos de criar novas experiências constantemente”.
Segundo o executivo o eSport abriu um novo mercado “e hoje é a bola da vez. No CBLoL temos muitos tipos de espectadores. Chegou um novo público, e se renova. Quem assistia o CBLol há 9 anos já não é a maioria, então temos uma renovação constante de públicos, por este motivo, geramos outro tipo de conteúdos nas redes para explicar o jogo, e dessa forma ajudar a que o público entenda o que estamos mostrando”
O responsável pelas transmissões na Riot Games disse que o passo para a TV foi um caminho interessante. “Em 2016, começamos a fazer transmissões. O que falamos foi, abre o espaço e nós entramos com o nosso conteúdo. Estamos na ESPN, na SPORTV e a FOX Sport, temos o contato com as emissoras. A primeira vez que o pessoal de engenharia viu nossas instalações com switchers, caminhões de transmissão (em 2016, usamos o mesmo equipamentos de Olimpíada com upgrade de equipamento) ficaram surpresos, e viram que era possível. Hoje temos zero de mão de obra das emissoras. Produzimos 100% aqui dentro porque vieram a nossa estrutura de trabalho e profissional”.
Para ver e rever este bate-papo:
Por Fernando Moura, em São Paulo